A construção do Gasoduto Atlântico Africano, com uma extensa ligação entre a Nigéria e Marrocos, deve conhecer nova dinâmica com a assinatura, em Dezembro próximo, de acordos a serem subscritos por líderes dos países da África Ocidental atravessados pelo projecto.
Na cerimónia, a ter lugar na cidade de Abuja, na Nigéria, vai assinar-se, além do Acordo Intergovernamental, o Acordo do Estado Anfitrião, comprometendo, desta forma, os 16 membros do projecto.
“Estes dezasseis países são os onze membros da CEDEAO envolvidos neste projecto, além dos três países da Aliança dos Estados do Sahel (Mali, Burkina Faso e Níger) aos quais se juntam a Mauritânia e Marrocos”, refere a nota da cimeira, citada pelo Le360.
Assim, estes acordos regerão as relações entre a futura empresa responsável pelo projecto, os governos anfitriões do gasoduto e a companhia que se encarregará da fiscalização, marcando uma viragem decisiva na concretização deste megaprojecto estruturante para a região.
Espera-se, por conseguinte, que a assinatura dos memorandos possam dar um novo impulso ao projecto do gasoduto de 6.800 km de extensão, que ligará o delta nigeriano à Europa, através de Marrocos, servindo ao mesmo tempo os países sem litoral da Aliança dos Estados do Sahel.