No ano 2000, regressou ao país e montou o seu atelier. Mais tarde, enquanto membro da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP), ganhou uma bolsa de estudos em Nova Iorque. Em 2004 venceu o Prémio Ensarte na categoria Juventude. Ganhou um Prémio Desenhos na Areia, da Empresa Norsk Hidro. Nos seus mais de 20 anos de trajectória artística, conta com exposições individuais e colectivas em Angola, Portugal e Alemanha, destacando-se, neste último ano, a exposição no Festival de Arte do Mormon Arts Center, em Nova Iorque e, igualmente nos EUA, uma exposição na Universidade de Brigham Young, no Estado de Utah.
Qual é o segredo para se ser um bom gestor no sector das artes plásticas, em particular, num mercado tido como tão desafiante, como é o angolano?
É preciso disciplina, muita disciplina, que na verdade é um requisito transversal a todas as áreas, pois sem ela não se consegue nada. A grande diferença entre uma pessoa bem-sucedida e outra mal-sucedida está na disciplina. Se apostarmos na disciplina, no rigor, no amor e no brio pelo que fazemos, havemos de chegar a algum sítio.
Quais têm sido os principais obstáculos que tem enfrentado?
Os obstáculos são muitos e variados, porque lidar com arte é um desafio muito grande. A arte não é um bem imediato de primeira necessidade, logo, é muito mais específico, requer muito mais conhecimento. E depois, a arte está limitada a um certo nicho da sociedade, composto por pessoas que a apreciam e adquirem, e em Angola, esse grupo ainda é muito pequeno, o que se torna não num obstáculo, mas sim num desafio que é encarado com muito trabalho.
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