O apoio visa "aumentar o acesso à identificação civil, serviços públicos digitais e melhorar as oportunidades de negócios digitais", noticiou hoje a Lusa.
De acordo com a agência portuguesa de notícias, a medida justifica-se pelo facto de “60% da população moçambicana não ter identificação civil”, ou seja, bilhete de identidade.
"Isso leva à privação de direitos e deixa grandes porções da população, a maioria das quais mulheres, sem identidade legal, sem empregos formais, sem capacidade de reivindicar direitos e transações de propriedade,” referiu a diretora do Banco Mundial em Moçambique, Idah Pswarayi-Riddihough, citada pela Lusa.
Segundo a agência de notícias, o projecto EDGE inclui actividades de investimento e assistência técnica e está estruturado de maneira a criar "capacidade institucional e conectividade governamental".
Entre os vários objectivos, o projecto vai "facilitar acesso à identificação legal e desenvolvimento de serviços" e "apoiar o crescimento do setor privado digital.
Entretanto, de forma especifica, "o projecto vai apoiar o desenvolvimento do ecossistema empresarial digital de Moçambique a fim de tirar partido das oportunidades de negócio que os esforços de digitalização irão criar", referiu especialista sénior do sector público e líder do projecto, Tiago Peixoto.
Paralelamente vão ser promovidas "as pequenas e médias empresas digitais locais assim como 'startups' que têm potencial de estimular a criação de empregos", acrescentou Eva Miranda, especialista do setor privado e co-líder do projeto.