O mosaico político-partidário angolano conta com mais um integrante que poderá interromper a ‘bipolaridade’ política, após o enfraquecimento da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), idealizada por Abel Chivukuvuku e fundada em 2012, acreditam analistas políticos que aplaudiram a legalização do PRA-JA SERVIR ANGOLA.
O Tribunal Constitucional (TC) deu, recentemente, provimento ao processo de transformação do projecto político PRA-JA SERVIR ANGOLA para partido político, passados quatro anos desde a rejeição da primeira tentativa.
A comissão instaladora do projecto político criado, uma vez mais, por Abel Epalanga Chivukuvuku submeteu ao TC, em Setembro de 2024, um novo processo de legalização com 8 mil declarações de aceitação, mais 500 do que as exigidas por lei.
Com o parecer positivo daquele órgão de justiça com competência para solucionar assuntos do género, está consumada a existência de mais uma formação política em Angola, o Partido do Renascimento Angolano - Juntos por Angola (PRA-JA SERVIR ANGOLA), de Abel Epalanga Chivukuvuku.
Apesar de falhar a legalização em 2020, o projecto político de Chivukuvuku participou do processo eleitoral, integrando a Frente Patriótica, ‘capitaneada’ pela UNITA, maior partido angolano na oposição. Esta condição permitiu-lhe ter deputados na Assembleia Nacional (AN).
Analistas políticos acreditam numa intervenção política mais activa do líder do PRA-JA SERVIR ANGOLA, mas acreditam que se manterá na plataforma eleitoral criada em 2022 para defrontar o MPLA, no poder há quase 49 anos.
Em 2012, quando faltavam seis meses para a realização das eleições gerais, Chivukuvuku fundou a CASA-CE. A nova formação política na altura elegeu 16 deputados, tornando-se a terceira força no mosaico político angolano, à frente da FNLA e PRS. Daí a crítica prever o fim do domínio “MPLA/ UNITA”.