Ayachi Zammel, candidato a Presidente da Tunísia, foi, nesta quarta-feira, 25, condenado por tribunal do país a seis meses de prisão, quando faltam pouco menos de duas semanas para as eleições presidenciais.
Zammel é acusado do crime de falsificação de documentos, disse, à agência Reuters, o seu advogado, tratando-se da segunda sentença de prisão contra o aspirante a presidente tunisino.
Com eleições presidenciais aprazadas para 6 de Outubro próximo, o período pré-eleitoral tem sido marcado com crescentes tensões, em meio a temores da oposição e de grupos da sociedade civil de uma eleição fraudulenta, com o objectivo de manter o Presidente Kais Saied no poder.
Para muitos tunisinos, tudo isso é mais um sinal do quão longe se está do caminho democrático que o país abraçou após a turbulenta Primavera Árabe, em 2011.
A Human Rights Watch denunciou, em Agosto último, que as autoridades excluíram outros oito candidatos com potencial para a eleição de 6 de Outubro por meio de processos judiciais e prisões.
Em 2021, após demitir o primeiro-ministro e suspender o Parlamento, o Presidente Kais Saied aprovou uma nova Constituição, reforçando os poderes da figura de Chefe de Estado.