A economia da China deve crescer 4,8% este ano, mais do que os 4,6% previstos, devido aos dados relativos ao terceiro trimestre e das recentes medidas de estímulo anunciadas por Pequim, segundo comunicado do banco suíço UBS.
Citado nesta segunda-feira, 21 de Outubro, pelo Diário Económico (DE), o economista-chefe do banco para a China, Wang Tao, como refere o comunicado, afirmou que estes factores elevam a previsão de crescimento trimestral da segunda maior economia do mundo para 6,5%, em termos homólogos, no último trimestre do ano.
“O aumento dos recursos orçamentais será prolongado até ao início de 2025, juntamente com uma retoma do crescimento do crédito”, reiterou Wang, revendo também a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) chinês no próximo ano de 4% para 4,5%.
Estas perspectivas poderão melhorar em função da dimensão final do pacote de estímulo orçamental e da aplicação de medidas de apoio ao sector imobiliário e a outras áreas da economia, de acordo com o documento.
Segundo o DE, na semana passada, outro gigante do sector bancário, o Goldman Sachs, também reviu em alta a previsão para o PIB chinês este ano, aumentando-a de 4,7% para 4,9%.
Nas últimas semanas, Pequim anunciou uma série de medidas de estímulo, na sequência de uma redução das taxas de juro nos Estados Unidos e também de dados económicos piores do que o esperado em Agosto, com o Presidente chinês, Xi Jinping, a pedir esforços acrescidos para atingir a meta de crescimento económico deste ano de “cerca de 5%”.
A baixa procura interna e internacional, juntamente com os riscos de deflação, estímulos insuficientes, uma crise imobiliária e a falta de confiança dos consumidores e do sector privado são algumas das causas apontadas pelos analistas para explicar o que está a acontecer na segunda maior economia do mundo.