A 'advertência' da presidente do Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Capitais (CMC) foi tornada pública à margem da III conferência nacional de compliance "Implementação da Cultura de Compliance, Segurança Cibernética, Zero trust e Greenwashing no Sector Financeiro, Prevenção e Desafios", realizada em Luanda.
Para além das boas práticas corporativas e compliance, defendeu a chairwoman da CMC, as organizações devem igualmente ser responsáveis no reporte financeiro. Apesar de o tema abordado no evento incidir mais sobre as instituições financeiras, a importância é transversal a outros segmentos do universo corporativo.
“O tema é de interesse quer para as empresas angolanas, quer para o próprio mercado de capitais”, afirmou Vanessa Simões em reacção à importância da conferência promovida pela NF-CONFOJUR, no dia 23 de Maio do corrente ano, numa das unidades hoteleiras de Luanda.
Nádia Feijó, da NF-CONFOJUR, instituição ligada à consultoria e formação em compliance, falando à imprensa, afirmou que o evento foi pensado no sentido de contribuir para a construção de uma geração de angolanos mais comprometida com as boas práticas corporativas.
Ainda em declarações aos meios de comunicação social, mostrou-se disponível para continuar a formar quadros do sector financeiro e outros.
“Quando a sociedade estiver num nível em que possamos considerar mais comprometida com a compliance e as boas práticas corporativas, podemos afirmar que o trabalho da NF-COFOJUR está feito”.
Jorge Duarte, em representação à Sistec Soluções, afirmou haver hoje maior interesse por parte das organizações, sobretudo as do sector bancário. A convicção deste reside no facto de a empresa em que está vinculado ter contacto permanente com os bancos comerciais.
Edir Seca, director de Compliance da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA), reagindo à importância da realização do evento, disse ser necessário capacitar as equipas, os boards das instituições financeiras, assim como maior divulgação dos temas abordados.
Chamada a falar sobre segurança cibernética e zero trust no sector financeiro, Hortência Matos, do Banco Caixa Geral Angola (BCGA), declarou que as instituições financeiras angolanas devem enfrentar com maior responsabilidade as ameaças de ciberataques.
Para tal, continuou, devem implementar políticas e procedimentos para garantir a segurança dos dados que lhes são confiados. “Participei da conferência como moderadora deste painel e saiu muito enriquecida”.