A escassez de insumos para produzir ração animal (milho e soja) no mercado interno condiciona o aumento da produção de carne de frango no País, como se pôde depreender dos argumentos dos membros da Associação Nacional de Avicultores (ANAVI), no último encontro com o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.
No encontro realizado em Luanda, no dia 07 de Outubro de 2024, os avicultores prometeram elevar a produção de carne de frango para mais 10 mil toneladas, caso o Executivo concretize (no curto prazo) as medidas que visam aumentar a oferta dos respectivos insumos no mercado avícola.
“Na reunião ficou expresso que há vontade e o próprio Executivo prontificou-se a dar solução à preocupação exposta pelos avicultores sobre a impossibilidade de produção efectiva de carne de frango com os actuais custos dos insumos”, disse o presidente de direcção da ANAVI, Rui Santos, no final do encontro que visou identificar soluções para aumentar a oferta de frangos e ovos no País.
O secretário de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, reconheceu o empenho dos avicultores no País, facto que influenciou a redução da importação, mas recomendou mais empenho pois no exercício passado foram tomadas medidas para estimular a produção.
"Ainda assim, contrariamente as nossas expectativas, assiste-se a um crescimento, mas que do lado do Governo entende-se que poderia ser mais acentuado”, afirmou José de Lima Massano.
Para o secretário de Estado para a Agricultura e Pecuária, João Bartolomeu da Cunha, constatou-se que o País tem capacidade instalada para produzir frangos e ovos, mas tem défice de insumos para a produção de ração.
Diante desta realidade, decidiu-se autorizar (por um período curto) a importação de milho e soja para a produção de ração no País.