Os ex-presidentes da República de Moçambique, Joaquim Chissano e Armando Guebuza, condenaram os assassinatos de Paulo Guambe e do advogado Elvino Dias, responsáveis pelo sucesso eleitoral do candidato à presidência moçambicana Venâncio Mondlane, assim como do PODEMOS.
Armando Guebuza, mostrou-se consternado com os assassinatos dos dois entes na madrugada de sábado último (19.10.2024), em Maputo, num momento em que se contestam os resultados provisórios das eleições gerais (09.10), que dão vantagens à FRELIMO e ao candidato Daniel Chapo.
Guebuza apela às autoridades moçambicanas para que encontrem e responsabilizem os (verdadeiros) autores dos crimes, considerados brutais. O antigo chefe de Estado moçambicano disse que as forças do mal devem ser neutralizadas porque comprometem a segurança nacional naquele país.
“Conheci o Paulo Guambe em 2020, quando veio ao meu gabinete de trabalho, com um grupo de estudantes do ISARC, entrevistar-me no âmbito de um filme-documentário sobre a obra literária do Filimone Meigos. O Paulo falou-me de cinema, como disciplina curricular, e dos projectos profissionais nessa área. Lamento o seu assassinato brutal, bem como dos que o acampanhavam naquele noite fatídica”, disse Armando Guebuza.
A Fundação Joaquim Chissano emitiu uma nota de repúdio, também condenando o assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe.
“Condenamos da forma mais veemente este e outros crimes hediondos que contribuem para criar o sentimento de insegurança e minar a vontade de trabalhar pelo bem-estar dos moçambicanos”, lê-se no documento assinado por Joaquim Alberto Chissano, patrono e presidente da Fundação.