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‘Fome séria’: Angola é a 19.ª em África e 28.ª no mundo do Índice Global da Fome

Victória Maviluka
14/10/2024
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Foto:
DR

Cinco países africanos são colocados no grupo onde a fome é um fenómeno ‘alarmante’. Esta lista é liderada, em África e no mundo, pelo Burundi e Sudão do Sul.

Angola ocupa a 19.ª posição em África e 28.ª no mundo entre os países com quadro grave em relação à fome, revela o recém-publicado 19.º relatório anual do Índice Global da Fome.

O documento, citado pelo marroquino Le360, coloca Angola no grupo onde a fome é um problema ‘sério’, no mesmo nível em que está um outro produtor africano de petróleo: a Nigéria, 15.ª e 21.ª colocada no continente e no mundo, respectivamente.

Fazem parte ainda desse nível o Lesoto (5.º, 7.º), a República Democrática do Congo (7.º e 8.º), o Níger (8.º, 10.º), a Libéria (9.º, 11.º) e a República Centro-Africana (10.º, 12.º), que fecha o ‘top 20’ dos países com quadro grave de fome.

Entretanto, cinco países africanos são colocados no grupo onde a fome é um fenómeno ‘alarmante’. Esta lista é liderada, em África e no mundo, pelo Burundi e Sudão do Sul.

A Somália faz parte, igualmente, deste grupo, ocupando o 3.º lugar no continente e no mundo, seguida do Chade (4.º, 5.º) e Madagáscar, o 5.º em África e 6.º a nível mundial onde a fome é ‘alarmante’.

De acordo com o Índice Global da Fome 2024, a insegurança alimentar está a atingir duramente o continente africano, ameaçando as perspectivas de desenvolvimento de milhões de pessoas.

“Realizar o direito à alimentação adequada está fora do alcance de milhares de milhões de pessoas. Em todo o mundo, 733 milhões de pessoas sofrem de fome e 2,8 mil milhões não podem pagar uma dieta saudável”, refere o relatório co-produzido pela Welthungerhilfe (WHH), uma das maiores ONG alemãs, e pela Concern Worldwide, uma ONG irlandesa especializada na redução da pobreza e na resposta a crises humanitárias. 

O documento apela a reformas profundas para uma maior justiça social, reforço da resiliência climática e da segurança alimentar e nutricional dos agregados familiares e comunidades.