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Governo capitaliza BPC e BCI

Redacção_E&M
14/12/2020
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Foto:
DR

No total são 215,6 mil milhões de kwanzas disponibilizados pelo Estado para capitalizar os dois bancos de capitais públicos e também a companhia área de bandeira nacional (TAAG).

O Estado concluiu, em Novembro, emissões de Obrigações do Tesouro avaliadas em 215,6 mil milhões de kwanzas para a capitalização do Banco de Poupança e Crédito (BPC), do Banco de Comércio e Indústria (BCI) e da TAAG, empresas de capitais público.

Segundo a Unidade de Gestão da Dívida, que cita despachos do Ministério das Finanças, além da companhia de bandeira e dos dois bancos, foram também emitidos 40 mil milhões para a capitalização do Fundo de Garantia de Crédito (FGC).

O Banco de Poupança e Crédito (BPC) beneficiou de uma emissão favorável de 168 mil milhões, tendo sido a instituição que beneficiou de uma maior fatia de reforço da capacidade operacional dos referidos entes públicos.

A operação, conforme escreve o Jornal de Angola, perimitiu a saída do BCI e BPC da lista de instituições financieras com "pesos negativos" da contabilidade bancária, onde o relatório de 2019 do sector os posicionou, entre os 24 bancos em actividade, como dos mais frágeis. Assim, cumpriu-se com uma promessa junto do regulador.

No que respeita ao Programa de Privatizações ainda em curso, tais instituições têm destinos diferentes. Por exemplo, o BCI foi escolhido e está pronto para o processo de privatização. A administração do banco e o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) anunciaram a plena desmaterialização para início do processo de privatização em bolsa. Um feito reconhecido a uma administração empossada no final de 2019.

Entretanto, o BPC, permanecerá na esfera pública. O Programa de Reestruturação que implementa está a garantir maior solidez nos resultados financeiros.

No I semestre deste ano, embora tenha apresentado alguns indicadores ainda negativos, o maior banco em activos e representação nacional melhorou vários itens do balanço, comparativamente ao ano passado.

Para o caso da TAAG, numa entrevista concedida à imprensa, o presidente da Comissão Executiva da transportadora, Rui Carreira, explicou ser fundamental o processo de recapitalização, pois permitirá sanear dívidas e relançar a companhia ante os desafios regionais e intercontinentais de novas rotas e melhor oferta de serviço.