O Banco de Poupança e Crédito (BPC) registou o crescimento de, aproximadamente, 20% nos resultados no terceiro trimestre de 2024 face ao mesmo período de 2023, concluiu a E&M com base na informação disponibilizada pela respectiva instituição bancária, a pioneira neste sector.
De acordo com a informação financeira observada, o BPC obteve pelo menos 70,2 mil milhões de Kwanzas em lucro no terceiro trimestre deste ano, contra (quase) 58,6 mil milhões Kz, referentes ao mesmo período de 2023. Assim, aquela sociedade bancária conseguiu mais 11,6 mil milhões kz.
Apesar do crescimento do lucro, os indicadores ilustram a diminuição de, aproximadamente, 4% do montante das disponibilidades no terceiro trimestre do presente exercício económico, comparativamente a 2023.
Embora o lucro seja um sinal positivo, especialistas em banca e finanças, advertem que a quebra de 4% merece atenção, sobretudo no contexto da liquidez e da capacidade de atender obrigações de curto prazo.
Segundo ainda a crítica, mesmo que a redução de 4% do montante das disponibilidades seja insignificante, o impacto pode ser significativo, pois está em causa a liquidez e a confiança da própria instituição bancária.
Os dados também indicam que houve um aumento (5%) na carteira de títulos e valores mobiliários no período em análise, ao passar de 860,3 mil milhões Kz para 899,9 mil milhões Kz. A dívida pública, apontam cálculos da E&M, representou 43% do activo do BPC no terceiro trimestre deste ano.
A única instituição bancária de capital público registou também um crescimento na carteira de crédito, pois o valor passou de 340,3 mil milhões Kz para 393,9 mil milhões Kz, o que reflecte o aumento de, aproximadamente 15%, em relação ao período homólogo.
Independentemente do BPC privilegiar o empréstimo ao Estado (dívida pública), no terceiro trimestre de 2024 prestou maior atenção ao sector empresarial e às famílias, como demonstra a taxa do rácio de transformação de depósitos em crédito, que se situou em (quase) 34%.
Quando comparado com o exercício económico homólogo, o rácio de transformação de depósitos em crédito, segundo cálculos da E&M, aumentou 6 pontos percentuais (PP). Isto é, saiu de 28% para 34%.