O bloco lusófono vendeu mercadorias no valor de 17 mil milhões de dólares para o mercado chinês nos primeiros dois meses de 2025, representando queda de 30,7% em relação ao mesmo período de 2024, segundo informações do Serviços de Alfândega do ‘gigante’ asiático.
Citados pela Lusa, os dados indicam que a descida se deveu, sobretudo, ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas caíram um terço (33,4%) para 13,7 mil milhões de dólares.
Além disso, Angola, que detém a patente de segundo maior parceiro comercial chinês no bloco lusófono, viu as exportações decrescerem 16,4% para 2,37 mil milhões de dólares. Igualmente, as vendas de mercadorias de Portugal para a China diminuíram 13% para 444,4 milhões de dólares.
Por outro lado, as exportações de Moçambique subiram mais de um terço (34,4%) para 332,2 milhões de dólares, como escreve este sábado, 5 de Abril, a Lusa.
Já as exportações da Guiné Equatorial para o mercado chinês desceram 71,2%, para 85,6 milhões de dólares, enquanto as vendas de Timor-Leste encolheram 98%. As de São Tomé e Príncipe também caíram 53,3%, embora o país não tenha vendido mais de mil dólares em mercadorias.
Já Cabo Verde e a Guiné-Bissau não venderam qualquer mercadoria para a China nos primeiros dois meses de 2025.
Na direcção oposta, as exportações chinesas para os países de língua portuguesa também diminuíram 9%, para 12,2 mil milhões de dólares. Os dados revelam que o Brasil foi o maior comprador no bloco lusófono, com importações vindas da China a atingirem 10,3 mil milhões de dólares, uma queda de 7,8% em termos anuais.
Em segundo na lista vem Portugal, que comprou à China mercadorias no valor de 932,4 milhões de dólares, menos 10,5% do que no mesmo período de 2024.
A China registou um défice comercial de 4,78 mil milhões de dólares com o bloco lusófono nos primeiros dois meses de 2025.
Ao todo, as trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China atingiram 29,2 mil milhões de dólares, menos 23,1% do que no mesmo período do ano passado.