“Celebramos a 12 de Maio o Dia do Enfermeiro, por conseguinte, este mês, comemoramos os enfermeiros de todas as áreas e de todo o mundo. Elevando, sempre, a habilidade emocional, empatia, ética, conhecimento, responsabilidade e competência.
À primeira vista, a actuação do Enfermeiro parece simples e desprovida de mistérios. No entanto, ao aprofundarmos o nosso entendimento, quer enquanto profissionais da área, quer enquanto pessoas com necessidade de cuidados de saúde, percebemos rapidamente a abrangência da mesma. O impacto causado pela presença dos enfermeiros é notório em diversos sectores da saúde, assim como decisiva nos variados níveis hierárquicos.
Sou enfermeira desde Setembro de 1995, ao longo deste período acompanhei a evolução social, científica e tecnológica dos últimos anos. Abordar a evolução da Enfermagem como profissão actualmente, leva-me a pensar que a definição estabelecida, embora precisa, deva capturar com determinação os ventos da mudança e fazer acontecer.
No contexto actual deparamo-nos, diariamente, com novas tendências que influenciam a nossa experiência enquanto profissionais. Por um lado, observamos um avanço significativo nos saberes teórico-científicos; por outro lado, o aumento expressivo das exigências e carências, que potenciam o risco de declínio nas competências humanas e comportamentais. Sendo que também se observa o inverso.
Repensar a profissão e implementar estratégias que visem equilibrar esses aspectos são medidas cruciais. Na minha perspectiva, tais acções podem constituir os pilares fundamentais para a adaptação às exigências actuais, representando uma oportunidade para promover mudanças que elevem a dignidade e, assim, evitem a redução do contingente de profissionais ao longo do tempo.
Devemos debater temáticas como o futuro da profissão, o impacto na saúde mental e bem-estar dos profissionais, assim como a sua escassez, o impacto nas equipas e instituições, o desenvolvimento de medidas que visam melhor valorização para a profissão, práticas ancoradas em sustentabilidade e gestão ambiental e qual o legado que queremos deixar para as novas gerações.
Deste modo potenciamos novos saberes, que nos permitem criar meios que vão adicionar competências mais adaptadas à realidade actual, e corresponder às necessidades do profissional, enquanto pessoa.
Na essência, somos indivíduos com a responsabilidade de Cuidar de outrém na sua infinitude."
Leia o artigo na íntegra na edição de Maio da E&M.