O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, acusou os organizadores dos protestos pós-eleitorais naquele país lusófono de manipularem os jovens ‘protestantes’ moçambicanos, apurou a E&M.
Filipe Nyusi reagia aos tumultos causados pelos assassinatos de Elvino Dias, advogado do candidato à presidência de Moçambique, e Paulo Guambe, mandatário do PODEMOS, ocorrido na madrugada de 19 de Outubro.
"Ainda nem chegámos lá, qual é o receio de aguardar pela decisão ou qual é a motivação, seja nacional ou internacional, de criar perturbações, protestar ilegalmente", declarou Filipe Nyusi.
Para o também Chefe de Estado moçambicano a contestação popular ocorre fora de tempo, pois estão por se publicar os resultados oficiais das eleições gerais, realizadas no dia 09 de Outubro do corrente ano. Os votos apurados (provisoriamente) dão vantagem à FRELIMO e ao respectivo candidato Daniel Chapo.
Esta contestação, prosseguiu, inquieta os moçambicanos e todos os homens de bem no mundo. Estou a receber chamadas de amigos, colegas, empresários e agentes económicos em todo o mundo.
"Inquieta a instigação de que o país vai voltar para os dias 24 e 25 de Outubro (quando os resultados finais oficiais deverão ser conhecidos) para reivindicar um processo que ainda não teve desfecho nas instituições apropriadas. Como é que alguém sabe que perdeu ou ganhou, se ainda as coisas não estão ditas? Qual é a mensagem que estamos a transmitir sobre uma coisa que não foi dita", questionou.
Apesar dos acontecimentos que mancham o processo eleitoral em Moçambique, segundo algumas entidades ocidentais e africanas, Filipe Nyusi considera que o povo moçambicano deve continuar unido pela pátria, “pois o Estado de direito sabe o que significa o respeito pelas leis”.