Os países assinantes do swap de moeda bilateral em Renminbi (RMB) tornaram-se mais resilientes aos impactos internacionais, afirmou An Zidong, professor da Faculdade de Economia Aplicada, da Universidade Renmin da China, na conferência promovida pela Universidade Católica de Angola, que contou com a participação da Embaixada da China.
An Zidong, que participou do segundo painel do evento realizado em Luanda, nos dias 16 e 17 de Outubro de 2024, do qual dissertou sobre a globalização económica e internacional da moeda chinesa (RMB), apresentou as vantagens da adopção daquele meio de pagamento no cvomércio internacional.
O RMB (yuan), explicou o docente chinês, é vantajoso em cobertura a curto prazo (6 meses) contra impactos internacionais. Em média, continuou, as flutuações da produção reduzem em 35%, enquanto as de preços em 34%.
“O risco cambial é um dos principais problemas enfrentados pelas empresas de comércio externo, o swap de divisas bilateral do RMB pode ajudar a evitar os riscos cambiais e reduzir os custos das empresas de comércio externo”, afirmou o economista e acadêmico da maior economia asiática.
Com a internacionalização do RMB, assegurou, as trocas comerciais multilaterais serão ainda mais promovidas (promoção do intercâmbio económico e comercial bilateral). Vai promover, igualmente, o avanço económico, a disseminação de tecnologias e a modernização industrial.
A moeda chinesa, também na perspectiva económica de An Zidong, apresentada na conferência de Luanda, tem vantagens na cobertura contra impactos internacionais em 24 meses (curto prazo), pois em média as flutuações da produção reduzem 28%, ao passo que as de preços 30%.
“Em 2013, devido ao declínio acentuado das reservas cambiais e à crescente pressão sobre a taxa de câmbio da rúpia, o Paquistão solicitou a activação da linha de swap de divisas de 10 mil milhões de yuans assinada com o Banco Popular da China e retirou aproximadamente 4 mil milhões de yuans”, disse, demonstrando a ascensão da economia chinesa no mundo.