A privatização de participações estatais nos sectores da banca e dos seguros rendeu ao Estado angolano mais de 756,5 milhões de dólares, informou nesta quarta-feira, 30 de Outubro, o secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos.
De acordo com o responsável, a venda bem-sucedida, realizada por meio de operações em bolsa, destaca a abertura gradual do mercado financeiro nacional ao capital privado.
Durante a sessão de admissão em bolsa da ENSA - Seguros de Angola, SA, que se juntou aos bancos BAI e Caixa Angola na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva), Ottoniel dos Santos ressaltou o êxito desta operação.
“Anteriormente, uma tentativa de venda por concurso público não teve sucesso, o que levou a ENSA a abrir 30% do seu capital ao público”, acrescenta.
Citado pela Lusa, o responsável diz que a procura nas ofertas de privatização em bolsa tem superado as expectativas, com uma média de 158% acima da oferta inicial.
Em Junho de 2022, por exemplo, o Governo arrecadou 43,2 milhões de dólares ao vender 10% das acções do BAI, a primeira empresa cotada da Bodiva. A entrada subsequente foi do Banco Caixa Geral Angola (BCGA), cuja venda de 25% das acções, detidas pela Sonangol, gerou 27 milhões de dólares.
Na oferta mais recente, a ENSA rendeu, pelo menos, 8,9 mil milhões de Kwanzas (aproximadamente 9,8 milhões USD) aos cofres públicos, com uma cobertura de 174% e ordens de compra provenientes de 14 províncias, como descreve uma nota consultada pela E&M.