As receitas com exportação do petróleo angolano deslizaram, no terceiro trimestre de 2023, 16% para apenas 8,6 mil milhões de dólares, uma redução absoluta de 1,6 mil milhões de dólares face ao total arrecadado em igual período de 2022, de acordo com cálculos do Economia e Mercado, com base nos dados da Balança de Pagamentos do período em referência compilados pelo banco central.
A justificar a queda nas receitas com exportação do petróleo estão, entre outros, o preço do produto e a quantidade vendida. Se em 2023 os preços rondavam na ‘casa’ dos 70 dólares o barril, já no terceiro trimestre de 2022 as estatísticas colocavam o barril de petróleo a rondar perto dos 100 dólares, como atestam economistas e analistas ouvidos pela E&M.
Se em termos homólogos houve queda na arrecadação das receitas, o mesmo não se pode dizer da avaliação trimestral. Segundo os dados do BNA, até ao terceiro trimestre de 2023, as receitas com exportações de petróleo dispararam 19,1% para 8,6 mil milhões de dólares, já que no trimestre anterior as vendas angolanas situaram-se nos 7,2 mil milhões de dólares.
De acordo com o documento, o efeito preço foi o principal factor que impactou maioritariamente nas receitas de exportação do petróleo, em cerca de 72,2%, ao passo que o efeito quantidade teve um impacto de 31,4%.
Quanto aos destinos das vendas do crude angolano ao exterior, a China manteve-se na primeira posição, com uma quota de 61,1%, seguida da Espanha e da França com 10,8% e 5,3%, respectivamente.