No Mundo, 46% da população vive sem acesso ao saneamento básico, conjunto de serviços que tem como objectivo preservar ou melhorar as condições de vida das pessoas e do meio ambiente. Ao investirmos neste pilar, é possível prevenir doenças e promover a saúde.
Nos últimos anos, Angola tem investido em melhorar os seus serviços de saneamento básico, distribuição de água e higiene. No entanto, os serviços de saneamento ainda não chegam para todos.
A ausência do acesso à água tratada e à colecta, bem como ao tratamento de esgoto acentua a propagação de doenças que seriam mais facilmente controláveis em regiões saneadas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 10% das doenças registradas mundialmente poderiam ser evitadas com investimentos para a ampliação do acesso à água, medidas de higiene e saneamento básico. A dengue e a cólera são exemplos de doenças que são altamente favorecidas pela falta de saneamento.
Especialmente pelo seu impacto na saúde, esses serviços levam à melhoria na qualidade de vida da população, reduzindo, sobretudo, as taxas de internação e os custos com saúde pública no País.
Por outro lado, a falta de acesso à água potável e ao saneamento e às práticas de higiene insuficientes são as principais causas de doenças infecciosas no nosso País. Em Angola, apesar dos investimentos e progressos notáveis já registados, cerca de 44% da população ainda não tem acesso a uma fonte de água apropriada para beber.
E a defecação a céu aberto, comum nos meios rurais, leva à propagação de doenças provocadas por água contaminada, entre elas, a diarreia, que se tornou a principal causa de mortalidade infantil no País.
Os hábitos de higiene essenciais não são amplamente praticados, e apenas 37% da população lava as mãos regularmente.
Devemos envergar esforços para que melhorias relacionadas com a qualidade e acesso à água sejam cruciais para reduzir não só a propagação de doenças, mas também melhorar a saúde de forma sustentável.
É certo que devemos investir ainda mais no saneamento básico para obtermos melhores resultados na diminuição de doenças, bem como na melhoria da saúde, educação e das oportunidades económicas para as comunidades vulneráveis. É essencial investir nessa infra-estrutura para promover a equidade social.