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Seguradoras não arriscam no alargamento da matéria segurável

José Zangui
31/8/2021
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Foto:
Carlos Aguiar

O sector de seguros em Angola anda estagnado desde 2014, com uma taxa de penetração em torno de 1%, que poderá ser alterada, segundo especialista, por via do aumento da matéria segurável.

Com a Covid-19, além da crise económica e financeira que o país já vem registando há anos, as seguradoras tiveram de adaptar os seus planos, e o foco passou a ser a manutenção dos postos de trabalho, o controlo dos custos, a retenção do negócio em carteira e a captação de novo negócio junto das empresas e indústrias que viram as suas posições fortalecidas nesta fase.

Neste contexto, apurou a E&M, a maior parte dos operadores descarta avançar para novos produtos, devendo consolidar apenas os existentes. Entretanto, apesar do cenário nunca vivido, algumas companhias registaram crescimento. A ENSA, maior seguradora de Angola, regularizou, em 2020, todas as dívidas que tinha - rondavam 12 mil milhões de kwanzas - com os fornecedores de serviços, clínicas e farmácias. De acordo com o presidente do Conselho de Administração (PCA) da empresa, Carlos Duarte, “a situação que criava constrangimentos aos clientes está ultrapassada”, mas sublinhou, como em todas as empresas, há ainda dívidas, não atrasadas, mas do ciclo normal”.

Já a Saham Angola Seguros, detentora de 15, 8% da quota do mercado, estando logo a seguir à ENSA, registou lucros ao atingir um resultado líquido de 713 milhões Kz, a comparar com 324 milhões de prejuízos de 2019. Em 2020, a nível dos prémios brutos emitidos, registou um crescimento de 24% face ao período homólogo, tendo atingido 30,7 mil milhões Kz, conforme o relatório e contas da instituição. Entre os destaques, os ramos Engenharia e Responsabilidade Civil tiveram um crescimento acentuado em relação ao ano anterior (78%) e 100%, respectivamente. Os ramos Acidentes/Doenças e Transportes cresceram 44% e 45%, respectivamente.

Leia o artigo completo na edição de Setembro, já disponível no aplicativo E&M para Android e em login (appeconomiaemercado.com).

Broadening the insurance base may drive market expansion

The insurance sector in Angola has been stagnant since 2014, with a penetration rate around 1%. According to experts, this may change with the broadening of the insurance base.

In general, with the covid-19 pandemic, in addition to the economic and financial crisis that the country has been experiencing for years, insurers have had to adapt their plans and the focus has now become on job maintenance, cost control, business portfolio retention, and new business acquisition with companies and industries that have seen their positions strengthened at this stage.

In this context, according to E&M, Most operators decided not to adopt new products and should only consolidate the existing ones. Meanwhile, despite the never-seen-before scenario, some companies have experienced growth. ENSA, Angola's largest insurance company, settled all its debts (around 12 billion kwanzas) with service providers, clinics, and pharmacies in 2020. According to the Chairman of the Company’s Board of Directors, Carlos Duarte, “the situation that created constraints on customers is resolved”. However, he highlighted that “as it happens with all other companies, there are still debts of the normal business cycle, which are not overdue.”

Saham Angola Seguros, which owns 15,8% of the market share, was immediately after ENSA, making profits by achieving a net result of 713 million kwanzas, compared with 324 million losses in 2019.  In 2020, its gross premiums recorded a growth of 24%, compared to the same period, thus reaching a value of 30,7 billion kwanzas, according to the company’s Report and Accounts. Among the highlighted sectors, the Engineering and Civil Responsibility had a remarkable growth compared to the previous year (78%) and (100%), respectively. The Accidents/Diseases and Transport sectors grew by 44% and 45% respectively.

Read the full article in the Setember issue, now available on the E&M app for Android and at login (appeconomiaemercado.com).