A transacção envolveu um montante na ordem dos 400.000.000 (quatrocentos milhões de dólares norte-americanos) pagos pela PAEPL em troca dos 40% da participação da TotalEnergies EP Angola no Bloco 20/11, onde detinha 80% do interesse participativo, de acordo com uma nota da concessionária nacional publicada hoje, 28 de Setembro.
Com a entrada da Petronas, companhia do grupo empresarial Petronas, baseada na Malásia, a TotalEnergies mantém a posição de operadora, agora com 40% de interesse participativo, tal como a PAEPL (40%) e a Sonangol Pesquisa e Produção S.A. (20%).
Segundo o documento consultado pela Economia & Mercado, a transacção foi autorizada através do Decreto Legislativo n.º 205/23, de 13 de Setembro, assinado pelo Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.
A nota em referência dá conta que o Bloco 20/11 contém as descobertas petrolíferas Cameia e Golfinho, localizadas a cerca de 150 quilómetros a Sudoeste de Luanda.
“O desenvolvimento destas descobertas compreenderá um sistema de poços submarinos conectados a uma unidade flutuante do tipo FPSO com uma capacidade de produção de 70.000 (Setenta Mil) barris por dia”, lê-se.
A ANPG informa, também, que o projecto incluirá as melhores tecnologias disponíveis para minimizar as emissões de gases de efeito de estufa e as instalações serão desenhadas para haver zero de queima de gás, com o gás associado a ser inteiramente reinjectado nos reservatórios.
O presidente do Conselho de Administração (PCA) da ANPG reafirmou o compromisso da concessionária nacional em impulsionar e a assegurar a celeridade dos processos no sector dos petróleos de modos a trazer novos investidores.
“Saudamos o desfecho de mais um processo negocial entre empresas operadoras que escolheram o nosso mercado como destino seguro dos seus investimentos”, garantiu Paulino Jerónimo, citado na nota.
Já o director-geral da Pesquisa e Produção da TotalEnergies, Nicolas Terraz, disse que com a Sonangol e a Petronas, está estabelecida uma parceria sólida que permitirá tomar a decisão final de investimento para o desenvolvimento dos campos Cameia e Golfinho, com o apoio das autoridades angolanas.