Para o efeito, vai emitir Obrigações Corporativas no montante de 75 mil milhões de kwanzas.
A calculadora mostra que a soma representa apenas 5% do valor gasto anualmente pela petrolífera estatal com a cobertura das necessidades de investimentos. Não é muito, nem pouco, tendo em conta o estágio em que o mercado de capitais angolano se encontra. Na verdade, é o primeiro sinal, um teste para medir a apetência dos investidores para esse tipo de instrumento.
A primeira experiência, feita por uma instituição financeira privada, não surtiu o efeito de inspirar outras e dinamizar o mercado de obrigações da Bolsa de Dívidas e Valores de Angola (BODIVA), mas foi um sucesso na medida em que permitiu captar o financiamento esperado e se ter feito o reembolso sem qualquer imprevisto, como reportado pela entidade gestora dos mercados regulamentados, no âmbito da transparência que essas operações exigem.
Mais do que atender aos ensejos da petrolífera nacional, mais do que permitir que os investidores diversifiquem a carteira de negócios e potencializem as poupanças, essa operação acarreta a responsabilidade de estimular o recurso ao mercado bolsista como fonte privilegiada para captação de recursos.
Em momento algum está em causa a substituição das fontes tradicionais, como comummente se afirma em determinados fóruns. O mercado bancário, fonte tradicional de financiamento, continuará a ter predominância, mas, pela forte abrangência das múltiplas vantagens que o mercado obrigacionista oferece, esse merece um lugar nas decisões dos aforradores e dos promotores de investimentos, razão pela qual é designado de fonte alternativa.
Confiantes estamos de que, apesar dos riscos existentes, pois sempre há riscos a considerar, este balão de este ensaio, como definido pelo presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Martins, será um sucesso tal qual foram as emissões de acções na BODIVA. A espectativa é de novas à Oferta Pública de Subscrição de Obrigações, não apenas da Sonangol como também de outras empresas públicas e privadas.
Leia o artigo completo na edição de Setembro, já disponível no aplicativo E&M para Android e em login (appeconomiaemercado.com).
A "Trial Balloon"
Sonangol has formalized its intention to seek funding from the domestic financial market to diversify its sources of financing, thus enabling strategic operations and investments. To this end, it will issue Corporate Bonds in the amount of 75 billion kwanzas.
The calculator shows that this amount represents only 5% of the value annually spent by the state-owned oil company to cover investment needs. This is not much, nor is it little, considering the stage in which the Angolan capital market finds itself. In fact, it is the first signal, a test to measure investors' appetite for this type of instrument.
The first experience, carried out by a private financial institution, did not have the effect of inspiring others and energizing the bond market of the Angola Debt and Securities Exchange (BODIVA), but it was a success in that it allowed the expected financing to be obtained and the reimbursement to be made without any unforeseen events, as reported by the regulated markets management entity, within the transparency required by such operations.
More than meeting the desires of the national oil company, more than allowing investors to diversify their business portfolio and maximize savings, this operation carries the responsibility of stimulating the use of the stock market as a privileged source of funding.
It is never a question of replacing traditional sources, as is commonly stated in certain forums. The banking market, a traditional source of funding, will continue to have predominance, but, due to the strong coverage of the multiple advantages offered by the bond market, it deserves a place in the decisions of savers and investment promoters, which is why it is designated as an alternative source.
We are confident that, despite the existing risks, as there are always risks to consider, this trial balloon, as defined by the Chairman of the Board of Directors of Sonangol, Sebastião Martins, will be a success, just as the share issuances on BODIVA were. The expectation is for new Public Offerings of Subscription for Bonds, not only from Sonangol but also from other public and private companies.
Read the full article in the September issue, now available on the E&M app for Android and at login (appeconomiaemercado.com).