O nome poderá descender do Kimbundu antigo, em que “ma-lanji” quer dizer “as pedras”, nome facilmente justificado pelas gigantescas formações rochosas que encontramos na região, nomeadamente em Pungo Candongo. Mas há quem defenda que se deve a um encontro dos primeiros colonizadores portugueses com os povos locais logo após cruzarem o rio Malanje, então Kadianga, e que à pergunta sobre qual o nome desse rio ouviram a resposta "Ma-lanji Ngana" (“são pedras, Senhor”), em referência à forma como o tinham conseguido transpor.
Por conseguinte, há quem conte que esse nome só terá sido atribuído mais tarde, quando uma expedição portuguesa se cruzou com algumas mulheres locais que a questões sobre a vida na sua aldeia terão respondido, em Kimbundu, "Mala hanji", que significa "Também há homens", e há quem afirme que o mesmo se deverá à expressão “Malagi?", proferida por um soba quando recebeu a notícia de que os portugueses se preparavam para utilizar a força para ocupar a região e se questionou: "São loucos?".
Seja qual for a origem do nome, a verdade é que foi por estas terras que prosperou em tempos o reino da Matamba, um estado pré-colonial que surgiu na zona da Baixa de Kassange e que por ali resistiu à ocupação portuguesa até meados do século XIX.
As primeiras referências documentais a este reino datam de 1530, quando o seu nome é citado numa homenagem ao rei Afonso I do Kongo, e sabe-se que tinha relações estreitas com o igualmente poderoso vizinho reino do Ndongo, que viria a entrar em guerra com Portugal em finais do século XVI e em defesa do qual o rei da Matamba enviou um exército que ajudaria a derrotar os invasores na batalha do Lukala, em 1590.
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