Se as viagens de carro se revelam demoradas e complicadas devido ao mau estado de muitas estradas, as alternativas para chegar ao Leste do país podem passar pelo avião (já há duas companhias a voar para o aeroporto Comandante Dangereux, na capital, e Luau, Cazombo e Lumbala contam com pequenos aeroportos que recebem aeronaves de pequeno porte), e pelo comboio, já que alinha do CFB atravessa as principais localidades da província antes de passar pelo Luau e entrar em território zambiano. Precisamente por onde entraram, em Julho de 2019, as 21 carruagens do comboio de luxo da companhia sul-africana Rovos Rail na sua viagem desde Dares-Salaam, na Tanzânia, até ao Lobito, numa iniciativa que fez nascer na província o sonho do progresso alcançado, também,através do turismo.
Enquanto não surgem as infra-estruturas necessárias para transformar o potencial turístico da região numa realidade, por terras do Moxico, quer pelas distâncias a percorrer, pelos acessos condicionados a alguns dos principais pontos de interesse, quer pelo isolamento das populações, as visitas podem tornar-se mais fáceis na companhia de guias locais que saibam como ultrapassar as dificuldades que, no entanto, não deverão desmotivar quem queira conhecer de perto as terras das Chanas do Leste, mas também das florestas de árvores de nome “cantado”, como mussixi, mumanga, muvuva, mussamba, mucuve, que produzem madeiras ricas e dão abrigo aos cortiços das abelhas que produzem uma doce riqueza: o famoso mel do Moxico.
Parcamente povoada, a província conta apenas com algumas pequenas cidades, vilas e comunas ao longo das principais vias rodoviárias e da linha do CFB, que cresceram a partir do habitual traçado colonial, onde ainda hoje se destacam as igrejas e os edifícios administrativos, como é o caso da vila do Luau, antes conhecida como Teixeira de Sousa, onde os turistas do Rovos Rail ficaram surpreendidos com a Catedral e o edifício da Administração Municipal.
Leia mais na edição de Outubro de 2019
Economia & Mercado – Quem lê, sabe mais!