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Dundo. Uma capital entre o passado e o futuro

Redacção_E&M
14/2/2019
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Foto:
Carlos Aguiar

Ao chegar ao Dundo, e saindo do novo aeroporto de Kamakenzo, ao atravessar as principais ruas um dos pormenores que mais surpreende o viajante é a ausência de muros em redor das pequenas moradias.

Herança da época colonial, as casas dos antigos funcionários da Diamang mantêm-se relativamente bem preservadas e continuam a animar-se ao longo de todo o dia com as conversas dos vizinhos e as correrias e gargalhadas das muitas crianças que enchem as ruas de toda a província. Depois de parar na rotunda da Praça do Pioneiro para descobrir o monumento do Obelisco que recorda momentos-chave da história do país – como a chegada dos portugueses ao Zaire em 1483, a “restauração” de Angola ocorrida em 1648 quando a cidade de Luanda foi reconquistada pelos portugueses aos holandeses, a expedição portuguesa ao Muatiânvua (território das Lundas) em 1912 e a fundação da companhia de pesquisa mineira de Angola em 1912 – entra-se na principal avenida da cidade onde se encontram alguns dos principais edifícios da cidade como o encantador edifício do Museu do Dundo, o dos CTT, de original arquitectura colonial, a antiga igrejinha do Dundo e, mesmo em frente, a igreja maior recentemente construída para albergar todos os fiéis.

Passeando pelas ruas próximas, sempre animadas pelo movimento de quem vive ou trabalha na cidade, descobrem-se outros velhos tesouros, como o complexo desportivo do Sagrada Esperança, o emblema da “devoção clubística” local, e construções mais recentes, como as da Universidade Lueji 'A Nkondi.

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