Entre estas tradições incluem-se, por exemplo, o fabrico artesanal de máscaras rituais ou instrumentos musicais como o batuque Ngoma, o Pwita ou o Kalyalya, e as danças recreativas, como a famosa Tchianda, executada em cerimónias de boas-vindas, bem como nas festas do Mukanda, que celebram achegada dos rapazes à fase adulta.

O Festival Internacional Tradicional Luvale, celebrado anualmente desde 1956 e conhecido na região como Likumbi ya Vaka Cinyama (“Dias dos descendentes do Cinyama”, na língua Luvale e em homenagem ao Rei Cinyama Kakengue), reflecte os hábitos e costumes deste povo que habita terras da região Leste de Angola e da vizinha República da Zâmbia.

A actual rainha, Nhakatolo Chilombo, preside ao festival que recorda as primeiras rainhas deste povo – Kavungo, Ngambo, Kutemba e Chissengo – e que, ao longo de três dias, anima a vila de Cazombo, no Alto Zambeze, com a exibição de rituais tradicionais de dança e música, e o desfile de príncipes, regedores, sobas e ainda de vários Makixi, figuras importantes em qualquer cerimónia ritual ou manifestação cultural, sempre fascinantes nas suas vestes originais que animam com movimentos ritmados.

Personagens indicados, em 2005, pela Zâmbia, para serem considerados Património Oral e Imaterial da Humanidade pela UNESCO, título que lhes viria a ser atribuído em 2008.

São testemunhos de outros tempos que representam mais uma das riquezas destas terras difíceis de alcançar, mas que merecem, sem dúvida,uma visita.

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