A Junta Militar que governa o Níger decidiu, recentemente, colocar sérias restrições à exportação de cereais, com realce para o arroz, para acautelar as necessidades do mercado local.
Esta medida foi “decidida pelo general Abdourahamane Tiani”, chefe da Junta, com o intuito de “proteger o abastecimento do mercado interno” e “tornar os bens de consumo acessíveis”, indica o governo num comunicado divulgado pela imprensa nigerina.
Além do arroz, produzido em grande escala nas margens do rio Níger, estão abrangidos na medida proibitiva de exportação produtos como o milho e o feijão.
“Estas proibições não se aplicam às exportações para o Mali e o Burkina Faso”, dois países vizinhos e aliados, também governados por militares que formam, com o Níger, a Confederação da Aliança dos Estados do Sahel, especificam as autoridades.
O Níger é um importante centro de abastecimento de cereais na África Ocidental. Embora levantadas em Fevereiro, as sanções impostas pela CEDEAO, após o golpe que levou o general Tiani ao poder em Julho de 2023, perturbaram gravemente o abastecimento regular de produtos alimentares ao mercado nigerino.